Pergunta muito profunda e de resposta ampla. Mais aqui vão algumas considerações: A ética é um campo de INVESTIGAÇÂO reflexiva das/sobre práticas humanas, especialmente na relação do homem com outro homem e com a sociedade, investigação da prática moral, portanto, mas sem emitir nenhum juízo de valor. É aqui que se distingue da moral em si, porque esta diz respeito às relações do homem com a sociedade e do homem com outro homem postas em prática: as práticas em si próprias, emitindo juízos de valor. A questão da liberdade entra na história na medida em que o homem, para viver em sociedade, deve se adequar a normas sociais que atendam a necessidades da coletividade e não a particulares e/ou individuais, o que implica em por limites a sua liberdade individual. Trocando em miúdos: Se analisado isoladamente, isto é, sem estar dentro de um contexto social, o que não é possível, o homem é LIVRE para fazer o que quer, porém para viver em sociedade essa liberdade tem limites. Os limites da liberdade se dão através da PRÁTICA MORAL que por sua vez é conseguida através da reflexão e análise do homem sobre sua própria interação social e isto é a ÉTICA. É basicamente isso. Espero ter ajudado.
A liberdade Transpondo tais considerações do campo da ciência da natureza para o nível humano, não há como negar que também o homem se acha preso a determinismo: tem um corpo sujeito às leis da Física e da Química, é um ser vivo que pode ser compreendido pela biologia. Por isso, já no século XVIII, os materialistas franceses D’Holbacj e La Mettrie reduziam os atos humanos a elos de uma cadeia causal universal. Temos de admitir inclusive a existência de determinados psicológicos na atividade psíquica normal e cotidiana, pela qual o homem entra em contato com o mundo para conhecê-lo e reagir afetivamente a ele. Por exemplo, se nos preocupamos com métodos de ensino, é preciso antes compreender os mecanismos de inteligência humana, tais como, memória, invenção, instituição, abstração e assim por diante. Por isso, a aprendizagem da aritmética era tão penosa antigamente: desconhecendo-se que o pensamento infantil ainda é concreto, exigia-se a criança o uso do raciocínio abstrato, cujo desenvolvimento só acontece a partir da adolescência. Watson e Skinner, psicólogos contemporâneos pertencentes à corrente comportamentista, consideram que o homem tem a ilusão de que é livre, quando na verdade apenas desconhece as causas que agem sobre ele. Com o desenvolvimento da ciência do comportamento seria possível conhecer de tal forma as modificações que daria para prever e portanto planejar o comportamento humano. Aliás, é esse o tema de um romance de Skinner, Walden II, onde uma equipe de cientistas do comportamento dirige um cidade utópica. Além de todos esses aspectos determinados, podemos acrescentar os determinados culturais: ao nascer, o homem se encontra em um mundo já constituído, recebendo como herança a moral, a religião, a organização social e política, a língua, enfim os costumes que não escolheu e que de certa forma determinam sua maneira de sentir e pensar.
terça-feira, 7 de abril de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário